quinta-feira, 28 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
CACHAÇA COM SELO DE QUALIDADE
Desde 24 de setembro de 2009, com a publicação da portaria n.º 276, o INMETRO avalia a conformidade das cachaças, gostaria antes de mais nada salientar o fato de que a maioria das cachaças ainda não tem o selo do INMETRO o que não quer dizer que não sejam de boa qualidade, apenas não solicitaram ao INMETRO a certificação de conformidade que pode ter sido por questões financeiras, já que envolve um custo, ou por outras razões.
Bem, caso a cachaça que você esteja bebendo agora não tenha o selo de conformidade do INMETRO, não fique triste, achamos uma solução momentânea, basta imprimir os selos abaixo, verificar o tipo da cachaça que você está bebendo (veja o nosso artigo DEFININDO CACHAÇA), escolher o selo e colar na garrafa, simples assim. :P
quinta-feira, 21 de junho de 2012
CACHAÇA E IRRADIAÇÃO GAMA
Mariana B. de Miranda, dissertou, em sua tese para mestrado, sobre o efeito da irradiação gama no envelhecimento da cachaça em barris de carvalho. A sua pesquisa mostrou que a aceleração do processo de envelhecimento foi confirmada pela avaliação sensorial, onde a cachaça e/ou tonel irradiados receberam maior indicação de aprovação em todos os parâmetros analisados (aroma, sabor e aparência).
Nas histórias em quadrinhos o raio gama é o responsável pelas transformações de Bruce Banner em Hulk e Peter Parker em Homem-aranha.
Será que aquela cachaça que você bebeu e te fez sentir mais forte e valente, ou te fez subir pelas paredes, foi irradiada com raios gama?
Você beberia uma cachaça se soubesse que ela é envelhecida com Irradiação Gama?
Mais notícias sobre Cachaça e Raios Gama:
Cena (USP) cria método para envelhecer cachaça instantaneamente
segunda-feira, 18 de junho de 2012
MADEIRAS PARA ENVELHECIMENTO DE CACHAÇA
Madeiras Brasileiras Utilizadas Em Barris de Armazenamento e Envelhecimento de Cachaça
1- Amburana (Cumaru-do-Ceará)
2- Angelim-araroba
3- Bálsamo (do latim balsamu)
4- Cerejeira
5- Garapa
6- Jatobá (do Tupi Yata ‘wa’ ‘mi’ ‘ri’, Jatobá Pequeno)
7- Jequitibá (do Tupi Yekiti’bá)
8- Jequitibá Rosa
9- Freijó – Frei Jorge
10- Ipê (do Tupi I’pé árvore cascuda)
11- Ipê Amarelo
12- Pereira (Acarirana)
13- Peroba (do Tupi Ipe’ Rob, casca amargosa)
14- Vinhático (do Latim Vineaticu, de vinha)
Madeiras Estrangeiras
1- Carvalho
Fonte: AMPAQ
quinta-feira, 14 de junho de 2012
CACHAÇA - UMA PEQUENA DOSE DE HISTÓRIA
Encontrei um excelente artigo na web sobre cachaça que gostaria de compartilhar com vocês.
A cachaça é uma bebida genuinamente brasileira, com teor de etanol entre 38% e 54% em volume, a 20 °C,
obtida através da destilação do caldo de cana-de-açúcar fermentado. No presente artigo, são descritos alguns de seus aspectos históricos, sociais, econômicos, sua produção e sua composição química.
terça-feira, 12 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
DEFININDO CACHAÇA
Dia
chuvoso, céu esbranquiçado, um friozinho entrando pela janela, e as
folhas das árvores gotejam um pouco da chuva.
Continuando...
Bom
dia!
Você
sabe o que significam os termos envelhecida,
premium e extra premium no rótulo da garrafa de cachaça? E sabe estabelecer a diferença entre aguardente de cana e
cachaça?
Vamos
lá, veja abaixo as definições:
Aguardente
de Cana é a bebida com graduação alcoólica de 38% vol (trinta
e oito por cento em volume) a 54% vol (cinquenta e quatro por cento
em volume) a 20ºC (vinte graus Celsius), obtida do destilado
alcoólico simples de cana-de-açúcar ou pela destilação do mosto
fermentado do caldo de cana-de-açúcar, podendo ser adicionada de
açúcares até 6g/l (seis gramas por litro), expressos em sacarose.
Cachaça
é a denominação típica e exclusiva da Aguardente de Cana
produzida no Brasil, com graduação alcoólica de 38 % vol (trinta e
oito por cento em volume) a 48% vol (quarenta e oito por cento em
volume) a 20ºC (vinte graus Celsius), obtida pela destilação do
mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar com características
sensoriais peculiares, podendo ser adicionada de açúcares até 6g/l
(seis gramas por litro), expressos em sacarose.
Destilado
Alcoólico Simples de Cana-de-Açúcar, destinado à produção
da Aguardente de Cana, é o produto obtido pelo processo de
destilação simples ou por destilo-retificação parcial seletiva do
mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar, com graduação
alcoólica superior a 54% vol (cinquenta e quatro por cento em
volume) e inferior a 70% vol (setenta por cento em volume) a 20ºC
(vinte graus Celsius).
Cachaça
Envelhecida
É
a cachaça que contém, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) de
Cachaça ou Aguardente de Cana envelhecidas em recipiente de madeira
apropriado, com capacidade máxima de 700 (setecentos) litros, por um
período não inferior a 1 (um) ano.
Cachaça
Premium
É
a cachaça que contém 100% (cem por cento) de Cachaça envelhecidas
em recipiente de madeira apropriado, com capacidade máxima de 700
(setecentos) litros, por um período não inferior a 1 (um) ano.
Cachaça
Extra Premium
É
a cachaça envelhecida nas mesmas condições da cachaça premium por
um período não inferior a 3 (três) anos.
Aguardente
de Cana Envelhecida
É
a bebida que contém, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) da
Aguardente de Cana ou do Destilado Alcoólico Simples de
Cana-de-Açúcar envelhecidos em recipiente de madeira apropriado,
com capacidade máxima de 700 (setecentos) litros, por um período
não inferior a 1 (um) ano.
Aguardente
de Cana Premium - Contém
100% (cem por cento) de Aguardente de Cana ou Destilado Alcoólico
Simples de Cana-de-Açúcar envelhecidos em recipiente de madeira
apropriado, com capacidade máxima de 700 (setecentos) litros, por um
período não inferior a 1 (um) ano, e quando for envelhecido nestas
condições por período não inferior a 3 (três) anos será
considerada Extra Premium.
Aguardente
de Cana Adoçada
É
a aguardente que contém açúcares em quantidade superior a 6g/l
(seis gramas por litro) e inferior a 30g/l (trinta gramas por litro),
expressos em sacarose.
Cachaça
Adoçada
É
a cachaça que contém açúcares em quantidade superior a 6g/l (seis
gramas por litro) e inferior a 30g/l (trinta gramas por litro),
expressos em sacarose.
Fonte:IN nº 13, de 29.06.2005.
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quinta-feira, 7 de junho de 2012
APRECIANDO
Hoje a serra amanheceu encoberta com uma suave neblina, o
pasto orvalhado molha a bota e a barra da calça.
...continuando...
Assim, temos os dois principais tipos de produção de cachaça,
a fabricada de modo industrial e a fabricada de modo artesanal. O processo de fabricação é o grande
diferencial, e que resulta em cachaças completamente diferentes ente si.
A industrial tem a cana queimada na lavoura, na fermentação
é adicionado produto quimicamente sintetizado, sua produção é em destilador de coluna, em aço
inoxidável geralmente, e não tem suas partes destiladas separadas, todo o
produto da destilação é engarrafado e posto à venda.
Na artesanal a cana que é retirada da lavoura não foi
queimada, desta forma os microorganismos que auxiliarão na fermentação são
preservados, sendo a fermentação um processo natural, sua produção é em alambique
de cobre, e a medida que o destilado vai saindo do alambique tem suas partes separadas em 3 partes: cabeça, coração e cauda, aproveita-se o coração, descarta-se a cabeça e a cauda, que possuem impurezas e resíduos tóxicos. Todo esse processo resulta em diferenciação quanto à origem do
produto, sabor e aparência que agregam tanta qualidade às cachaças artesanais.
Bem essa é a ora em que a gente para tudo e aprecia mais um
bom gole.
Continua....
quarta-feira, 6 de junho de 2012
APRECIAR
Sobre uma
mesa de madeira de material de demolição, repousa serena uma
garrafa de cachaça, a luz que entra pela janela alcança o vidro e
faz reluzir um brilho dourado que se espalha pela mesa.
Esta cena
já deve ter sido presenciada por muitos dos apreciadores da cachaça,
e é com essa imagem em mente que me empolgo em escrever sobre o
universo da branquinha.
E para deixar o blog bem leve que tal apreciarmos os textos em pequenas doses, conforme se aprecia uma boa pinga.
Conhecendo
um pouco as cachaças que são produzidas no Brasil.
Temos
dois grandes grupos de cachaça brasileira: as oriundas de processos
industriais e as artesanais. Mais de 90% dos produtores de cachaça
produzem a cachaça artesanal, menos de 10% produzem a cachaça
industrial, mas falando em quantidade de litros produzida a relação
se inverte, temos mais de 90% do volume de cachaça produzida de modo
industrial e menos de 10% do modo artesanal.
Dentre as
cachaças artesanais temos as produzidas de modo orgânico e as que
são produzidas de modo tradicional.
A
produção de cachaça orgânica observa um modelo autossustentável
de produção, e sem agressão do meio ambiente.
Continua
amanhã....
terça-feira, 5 de junho de 2012
CACHAÇA PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL
CACHAÇA PODERÁ SE TORNAR PATRIMÔNIO HISTÓRICO NO RIO DE JANEIRO
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) votará hoje (05/06), em primeira discussão, o projeto de lei 417/11, que considera a cachaça Patrimônio Histórico Cultural do Estado do Rio de Janeiro. A proposta é assinada pelo deputado Luiz Martins (PDT), que defende a importância cultural do destilado de cana. “Estudiosos e a sociedade, em geral, têm de compreender os aspectos que envolvem a cachaça, interpretando e lançando um novo olhar acerca da história da mesma. A partir dessa releitura, uma nova forma de observar valores culturais que fazem parte da nossa identidade nos levará a uma nova concepção do que é a cachaça”, afirma. (Ascom - ALERJ)
JUSTIFICATIVA DO PROJETO DE LEI
A cachaça é um destilado alcoólico produzido exclusivamente através da cana-de-açúcar, bebida genuinamente brasileira que durante toda sua vida foi discriminada, perseguida e até proibida pelas elites e pela classe média.
Esta saga tem início juntamente com a História do Brasil, surgindo como consequência do interesse no açúcar produzido no país. Além dessa relação a cachaça foi agente de vários acontecimentos, desde momentos tristes às celebrações por conquistas.
Muitas vezes, a produção da cachaça foi estimulada, em outras proibida, mas sempre esteve presente na construção de nosso país, afirmando o seu sabor e a sua autenticidade.
Expressão cultural brasileira
A cachaça foi descoberta por acaso, pois os escravos perceberam que a espuma que sobrava da garapa e era jogada nas cocheiras deixava os animais revigorados. Assim, passaram a consumir essa espuma.
Chegando aos ouvidos dos senhores de engenho – que, por sua vez, já conheciam técnicas de destilação -, estes decidiram aplicá-las ao mosto fermentado da cana-de-açúcar, dando origem à cachaça.
Dessa forma a bebida passou a figurar tanto na colônia, como também nas futuras conquistas, nos negócios do reino e em épocas mais contemporâneas.
Antes de ser um produto econômico, é uma das mais belas expressões da cultura brasileira.
A prova da vitalidade e permanência cultural da cachaça está no patrimônio lingüístico que criou e continua a criar. Para se ter uma ideia, existe um acervo disponível de cerca de mil sinônimos da palavra cachaça.
A degustação com certeza é uma arte, pois constitui a mais poderosa ferramenta, o caminho mais legítimo e confiável para se conhecer a cachaça e construir sabedoria crítica sobre a bebida. Degustar e beber são atos culturais distintos.
Os passos de uma boa degustação são: o ambiente, o copo, a mente, o corpo, a boca, as mãos, os olhos, o nariz, o gole, o gosto e a avaliação.
Cultura e turismo andando juntos
De acordo com o Ministério do Turismo a diversidade da cultura brasileira tem sido aclamada pela sociedade como uma das principais características do patrimônio do país e o turismo pode ser um dos indutores na promoção e preservação da nossa cultura.
Nesse caso, a cultura e o turismo caminham juntos e, bem articulados, podem motivar os turistas a se deslocarem especialmente com a finalidade de vivenciar aspectos e situações que podem ser considerados particulares.
O turismo cultural compreende as atividades turísticas relacionadas às vivências do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico cultural, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.
Considera-se patrimônio histórico e cultural os bens de natureza tangível e intangível que revelam ou expressam a memória e a identidade das populações e comunidades.
Valorizar e promover o patrimônio significa difundir o conhecimento sobre esses bens e facilitar seu acesso e utilização por habitantes locais e turistas.
Releitura da História
Para que exista uma conscientização maior por parte da população é necessário que se compreenda o valor histórico da cachaça, vendo-a como um símbolo de nacionalidade e da nossa identidade cultural.
Por isso, deve ser valorizada de acordo com a sua importância para a formação e o desenvolvimento do Brasil pois, mesmo com as diferenças sociais existentes, a cachaça funciona como elo cultural relacionado ao imaginário popular, fazendo de sua produção uma arte.
Estudiosos e a sociedade, em geral, têm de compreender os aspectos que envolvem a cachaça, interpretando e lançando um novo olhar acerca da história da mesma.
A partir dessa releitura, uma nova forma de observar valores culturais que fazem parte da nossa identidade nos levará a uma nova concepção do que é a cachaça.
Essa interpretação possibilita ainda o interesse tanto da população local como também do turista pelo patrimônio cultural, resgatando e incentivando a preservação dos costumes e da cultura regional.
O brasileiro é o único nacional que não assume sua bebida, o seu destilado. Ele se envergonha da cachaça, uma obra-de-arte criada pelos colonizadores portugueses e pelos mestiços, índios e negros, chamados de brasileiros, no início do século XVI. Ao contrário, o cubano ama o seu rum e dele se orgulha, o mexicano da sua tequila, o peruano do seu pisco, o português da sua bagaceira, o francês do seu conhaque, o escocês do seu uísque, o polonês de sua vodca, o inglês do seu gim, o árabe do seu áraque, o coreano do seu soju e o chinês do seu saquê.
Em alguns estados de nosso país, essa idéia está sendo mudada, buscando a certificação da cachaça como bebida originalmente produzida no Brasil. Desta forma, leis estão sendo promulgadas como no estado de Minas, Rio Grande do Sul, Paraíba e no município de Paraty em nosso estado, com suas características seiscentista, a famosa “Cachaça de Paraty”.
A cachaça de Paraty originou-se em 1808, com a vinda da família real no Brasil, que impulsionou o comércio entre Paraty e o Rio de Janeiro, considerando que a abertura dos portos decretada por D. João VI, foi determinante para o incremento da exportação de cachaça. Em 1820, conforme relato de José de Souza Azevedo Pizarro e Araújo, havia em Paraty 12 engenhos de açúcar e mais de 150 alambiques, com uma população aproximada de 16.000 habitantes.
Desta forma, por possuirmos uma historia em nosso estado de produção da cachaça, creio que o Rio de Janeiro deva ser um dos estados pioneiros a abraçar a ideia, de transformar a cachaça como patrimônio cultural histórico nacional e ser reconhecida mundialmente como a bebida de origem brasileira.
(Texto extraído do projeto de lei 417/2011 - Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro)
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